quinta-feira, agosto 24, 2006

Serial Frila:
Fechando a estação

The Serial logo is hosted by ImageShackO assunto da vez são os recentes finais de temporada de muitas séries, analisados um a um. Entre os finais comentados, estão Two and a Half Men, Supernatural, Arrested Development, Crossing Jordan, ER, Close To Home, Bones, Will & Grace, Scrubs, Frasier, Desperate Housewives, entre outras, e ainda Lost, em uma extensa e merecida apreciação.

Leia em: Fechando a estação

terça-feira, agosto 22, 2006

Fight Crystal Club Ball

Keane is hosted by ImageShackO Keane é uma banda de que eu já gostei mais. O primeiro disco é quase irretocável, uma belíssima coleção de faixas pop inofensivas e extremamente inspiradas. Tim Rice-Oxley, o piano-baixista e principal compositor do grupo, mostrou-se um melodista de mão cheia, enquanto Tom Chaplin tem aquela voz perfeita para o que se propõe, acompanhado da cara de estátua barroca que ajuda um bocado na tal imagem inofensiva. O simpático baterista Richard Hughes costumava responder aos fãs pessoalmente na internet, e mantém-se tímido, preciso, quieto no fundão, preenchendo bem as lacunas.

Enjoou um pouco acima de tudo porque, ao vivo, a banda funciona muito bem, mas é rigorosamente igual em todas as apresentações. O segundo disco, Under The Iron Sea, prometia um som diferente e, até certo ponto, cumpriu. Mesmo sem guitarra, a banda conseguiu tirar uns timbres loucos e alguma inventividade, mas já sem tantas boas melodias quanto antes. Não me empolgou muito (até agora), mas deixemos de lado a crítica ao disco.

Crystal Ball single is hosted by ImageShackPor ora, o comentário é a respeito do vídeo de Crystal Ball, terceiro single retirado do trabalho (ou segundo single "físico"). Música bacaninha, talvez sem grandes atrativos, mas o Keane já se destaca no terreno comumente chato dos vídeos por ter produzido algumas peças excelentes, como o primeiro vídeo de Everybody's Changing, a animação de Bedshaped e o esteticamente complexo Atlantic, dirigido por Irvine Welsh (o escritor de Trainspotting), oficialmente o primeiro single do novo disco, lançado só como vídeo.

Giovanni Ribisi is hosted by ImageShackCrystal Ball já começa agradando por trazer como protagonista o sempre excelente Giovanni Ribisi (Friends, Lost in Translation, My Name is Earl, Sky Captain). Enquanto a banda executa a música em uma sala semi-iluminada, o dia do personagem de Ribisi vai sendo contado e, bem, mais pra frente você percebe que há algo errado naquele cotidiano dele. O título deste post faz referência a um preferido da casa, o filme Fight Club, porque existe uma estranha semelhança entre o "pai de família" de Ribisi e o atormentado "Narrador Jack" de Edward Norton no filme.

Entretanto, a história contada no vídeo não acaba assim tão legal quanto sugeria. Poderíamos dizer que, quando se dispuseram a criar o clipe, alguém soltou uma ótima premissa com base na letra de Crystal Ball, e depois... bem, de certa forma ficou só na premissa. Veja parte da letra: "Who is the man I see / Where I'm supposed to be? (...) I'm not sure I'm even here / The more I look the more I think that / I'm starting to disappear / Crystal ball / Save us all, tell me life is beautiful (...) I look myself in the eye / There's no one there".

Keane -Crystal Ball scene is hosted by ImageShack

A atuação de Ribisi é tudo quanto é normalmente. O ator, competentíssimo, constrói quase que só com imagens a confusão por que passa seu personagem e, com sutileza, não deixa óbvio se ele está no limite ou se já passou do ponto naquele dia retratado, no começo de uma penosa descendente. Só que, justo quando estamos prestes a entrar de cabeça no mundo do personagem perturbado, o vídeo acaba. A explicação da banda para a coisa toda é a de que "ele começa a se ver como outra pessoa e não percebe". Se fosse só isso, não teria por que a mulher chamar a polícia, entre outras passagens. E seria um vídeo bem mais chocho...

Giovanni Ribisi is hosted by ImageShack

Melhor deixar por conta da bola de cristal do espectador. Afinal, não se entende bem o que o cara tem, o que vai ser dele e como se resolve a história que estava bem interessante até ali. Mesmo que o protagonista se descubra vivendo uma vida que não é sua, a frustração maior é nossa, quando o Keane resolve nos poupar do processo de decadência do personagem, ou, quem sabe, dos detalhes de uma situação que já vinha estabelecida.

Ah, o Keane é mesmo bem inofensivo.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Chupacabra atropelado no Maine

Chupacabra is hosted by ImageShackPor um momento-tablóide: holy fucking crap, podem ter matado o chupacabra(s) numa estrada do estado americano do Maine! E esse título ainda soa algo como "Snakes On a Plane"...

A história do bicho não-identificado foi retirada do Terra: "Uma criatura foi encontrada morta no município de Turner, no estado de Maine (Estados Unidos), no último domingo, depois de ser atropelada por um carro. Durante os últimos 15 anos, moradores do condado de Androscoggin dizem ter visto e ouvido um misterioso animal com olhos que brilham na escuridão da noite. A dúvida que fica agora é se o animal encontrado morto no final de semana é o mesmo que matava cachorros, afugentava pessoas e é tema de lenda por mais de 50 anos."

Temos também todos os detalhes possíveis em inglês, caso você queira se aprofundar. Abaixo, a singela (e clicável) foto de corpo inteiro do totó.

This is an Associated Press picture of the creature, hosted by ImageShack

As duas fotos nesta página são originalmente de Michelle O'Donnell - sem Photoshop nem sobreposição, tirada no local onde o bagulho foi encontrado. Ela e o marido Mike são os mais ouvidos sobre o assunto. É de Mike, aliás, a já famosa descrição "metade cachorro, metade roedor". O bicho foi achado perto do quintal dos dois, que puderam ter contato com o enviado do capeta em primeira mão.

Quando você vê o bicho assim, já nota algo esquisito. Parece um cachorro grande paca - entre 20 e 25 quilos, pela estimativa -, de alguma raça desconhecida, lembrando de longe um akita misturado com um javali e uma jabuticaba. Agora, veja em close a atraente cútis da besta:


This Michelle O'Donnell shot is hosted by ImageShack

Comentário fantástico coletado num fórum:
"Se isso realmente matou um doberman e um rottweiler, porra, por que ele só matou os cachorros mais invocados? Isso deve ser um tipo de demônio protetor dos lulus da Pomerânia em busca de vingança."
("If it truly did kill a doberman pincher and a rottweiler, wtf, why is it only attacking the most badass of dogs? Maybe it's some kind of pomeranian archdaemon, out for vengeance." - o gozador leva o crédito como "captain reverend gandalf jesus").

DVD - versão aleijada

V de Vingança is hosted by ImageShackEstão alardeando pra todo lado o pré-lançamento do DVD de V de Vingança com "aquele" preço tradicional dos lançamentos nacionais. Sugestão inicial: não compre. Agora, desenvolvendo...

Primeiro, ao filme. Por mais que tenha sido massacrado, não com unanimidade, pela verdadeira crítica especializada (raridade em tempos de blogueiros adolescentes sem qualquer preparação), V de Vingança nunca teria merecido o bombardeio se não tivesse sido alardeado como um blockbuster. Digo, obras muito menores em conteúdo são incensadas só porque foram lançadas na surdina e se tornaram cult não por méritos de história ou de realização, mas exatamente pela despretensão. Tivesse sido lançado como um filme mais "comum", V seria recepcionado de outra forma e teria hoje outro status. Em suma, "quanto maior a vitrine..."

O filme merece, sim, ser visto e discutido, se o espectador não tiver acesso à história original de Alan Moore. Esqueça, por exemplo, a extrema irresponsabilidade profissional de uma revista de grande circulação que intitulou sua resenha como "B de Bobagem". Sim, é verdade que V resultou muito mais em espetáculo visual, longe de ser imortal ou perfeito, mas também manteve, timidamente, sua exposição de assuntos de interesse monstruoso e que, definitivamente, não representam "bobagem" alguma. Não é difícil dar um pouco de razão a Moore e aos grupos anarquistas que torceram o nariz; houve mesmo a diluição infeliz e inegável da poderosa história original. Mas as temáticas de totalitarismo, terrorismo, poder das artes, privacidade do cidadão, idéias acima de identidades, tomada de atitude, vontade do povo versus vontade do governo - todas elas permanecem no filme, mesmo que com seu radicalismo enfraquecido por um roteiro moderado. Ainda que não um oceano, pelo menos um copo cheio. Reduzir esses temas ao termo "bobagem" e conduzir o espectador médio desavisado a fugir do filme é diminuir ainda mais a possibilidade de uma discussão além de "pagodinho", "preferência sexual", "cervejada" e "político só serve pra roubar". É francamente irresponsável.

V for Vendetta is hosted by ImageShackVoltemos, então, ao lançamento do disco. Já na saída da sala, pensei em como seria legal dali a uns meses comprar, aqui no Brasil, aquele DVD duplo que estavam anunciando para breve nos EUA, com um trabalho extra de informação a respeito de tudo o que cerca a história.

Eis que sai agora no Brasil só o "disco 1" do pacote original, com filme e making of (já mencionei o preço abusivo por um DVD simples, certo?). Não imagino por que razão não nos deixaram ver o histórico de Guy Fawkes (10min), as cenas de bastidores (17min), a discussão entre quadrinistas de renome sobre a origem e o impacto da história quando de seu lançamento (15min), o clipe-montagem sob a música da Cat Power, os desenhos de produção e ainda o inesperado sketch de Natalie Portman no Saturday Night Live. Certamente, não houve pesquisa e não houve intenção de agradar o (seguramente extenso) público-alvo do filme.

Sin City is hosted by ImageShackAliás, esse mesmo público sabe que não é a primeira vez. Sin City, no Brasil, sofreu censura quantitativa e qualitativamente ainda pior. Compare o paupérrimo "conteúdo" nacional (também só filme e making of) com a versão recheada (no pé da página, como technical notes) editada lá fora há um bom tempo, com duas toneladas de extras pra fazer qualquer fã salivar. Carregando o (discutível) troféu de mais perfeita adaptação de quadrinhos para o cinema, Sin City não merecia esse tratamento no Brasil.

Aí entra o detalhe que mata de raiva todos os consumidores brasileiros que são enganados. No Brasil, a "estratégia" é jogar no mercado o DVD porco com um preço inacreditável, levar os empolgados a comprar com pressa e, dali a um ano, soltar a famigerada "edição especial" (também conhecida como "versão final que ainda não chegou lá" ou "versão definitiva até a próxima") por um preço até mais baixo que o do lançamento atual - que entra na banquinha de promoção a R$ 20,00 ou menos!

Veja que o único lançamento de V em sua terra natal foi feito nos dois fronts ao mesmo tempo, o estendido e o simples. A caixa rechonchuda já vem com o aviso "2-disc special edition" logo de pronto. No caso de Sin City, o pacote chamado "Expanded edition: recut, extended, unrated" foi lançado depois da versão simples, sim.Sin City is hosted by ImageShack Mas, no ato do primeiro lançamento, deram um aviso de que uma versão maior seria editada em pouco tempo, em claro sinal de respeito ao consumidor. Inclusive justificaram esse tempo como necessário para compilar e editar direito os extras. O resultado, que não pegou ninguém de surpresa, demorou apenas quatro meses pra sair. Evitaram que acontecesse exatamente o que acontece como regra por aqui: o fã verdadeiro compra o simples por falta de opção e a tal opção "aparece" dali a pouco, forçando nova compra ou, no mínimo, o descontentamento geral.

Não foi isso também que ocorreu com De Volta Para o Futuro e Um Sonho de Liberdade, entre outros campeões de audiência? Vale lembrar que alguns filmes cultuados dos anos 80, como A Vida de Brian ou Curtindo a Vida Adoidado só foram lançados no Brasil sem dublagem. Hoje, cismam de dublar tudo (e tão poucos precisam...), mas quando os filmes já vêm dublados há anos e anos e o público pré-DVD cresceu acostumado à dublagem, "esquecem" de incluí-la no DVD simples. Estratégia proposital para irritar o consumidor ou pura burrice? Ou será que os direitos da dublagem são assim tão caros que...

Para o eventual comprador, seria muito melhor que começasse a encarar a versão simples como sendo a "especial", aquela feita só pra quem quer o filme e mais nada; afinal, a versão regular do lançamento deve ou não deve ser a mais completa? Passei a usar o raciocínio de que o DVD simples é "versão mutilada" e aquele que sai com extras é o "versão normal".

Nesse aspecto, ninguém perde por esperar. Se os estúdios mantiverem o lançamento vagabundo, sempre há o link aí ao lado para o Mininova e a possibilidade de baixar extras sem prejuízo para ninguém (afinal, pirata de quê, se nunca foi lançado??). Por outro lado, se dali a pouco lançam a versão decente da coisa, você ainda pagará menos do que pagaria hoje pelo mutilado.

Conclusão: não compre, c.q.d.

UPDATE (17 set 2006): a Folha online publicou hoje um texto que fala basicamente a mesma coisa que está acima, mas num tom mais jornalístico e menos acusatório, claro. Penso que o eventual visitante interessado no meu texto poderia gostar de ver algo do gênero publicado num grande jornal, então taí o link.

domingo, agosto 20, 2006

Uma vila, dois ecos

The Village is hosted by ImageShackEcoando um texto que ecoa a realidade atual. Esse real é fantástico ou a fantasia é muito realista?

A crônica abaixo é do Robertson Mayrink. Não faltaram razões pra copiar e colar do blog dele. Pode escolher desde o fato de eu adorar o Shyamalan e seu estilo "paradão com suspense crescente", ou por ter gostado muito de A Vila, pelo fato de o Robertson escrever paca, pelo texto que criou um paralelo brilhante, pela falta de cinema neste blog (acho que expliquei os motivos num post recente) ou simplesmente porque deu vontade de colar (mais) um texto de qualidade.

ATENÇÃO: contém segredos do filme. Não leia se você não assistiu!

***

Minha pequena vila
(Robertson Mayrink)

Cerca de uma centena de pessoas vive em uma comunidade no meio da floresta, no final do século XIX. O lugar é cercado por imensas árvores e uma linha que demarca até onde se pode ir.

"Na floresta, vivem demônios e bruxas", contam os pais para os filhos. Em noites assombradas, as bruxas de capuz são vistas perambulando pelas ruas e deixando marcas nas portas das casas. Há um pacto entre os habitantes da floresta - "aqueles de quem não falamos" - e os moradores da vila. Ninguém invade o território do outro. Devido a essa ameaça, visível em vários momentos carregados de suspense, os moradores da comunidade nunca deixam o lugar e nunca recebem visitantes.

The Village is hosted by ImageShackEssa é a história de A Vila (The Village, EUA, 2004), de M. Night Shyamalan. A trama é repleta de metáforas e as marcas do diretor estão todas no filme: angústia, suspense, reviravolta no roteiro e, acima de tudo, o medo.

A reviravolta acontece na segunda metade do filme: não existem bruxas, e a história foi inventada pelos líderes da comunidade para impedir as crianças e os jovens de saírem da vila. Aos poucos, uma jovem cega (Bryce Dallas Howard) vai decifrando os mistérios. Ela precisa sair da vila para buscar remédios e salvar a vida de seu namorado (Joaquin Phoenix) e decide encarar o desconhecido numa travessia pela floresta. Ela é cega, não pode enxergar seus medos, apenas senti-los, como em toda história de bruxas e demônios passadas de pais para filhos ao longo dos tempos.

No final da floresta, ela encontra um grande muro. Depois de passar pelo muro, ela descobre o mundo real: uma cidade grande, repleta de carros, lojas, gente moderna e violência. Os líderes da comunidade, entre eles o pai da jovem cega, assustados diante da crescente onda de violência das cidades – todos tiveram parentes ou amigos assassinados – resolveram "desaparecer" e fundar uma comunidade no meio da floresta, escondidos do mundo, recriando o passado. Para evitar o desejo dos filhos de conhecer esse mundo, inventaram a história das bruxas.

Há um muro na divisa da minha casa. Vivo em uma pequena e carinhosa comunidade formada por um casal, dois filhos, uma cachorra cocker que se deita sempre sonolenta na sala, outra cachorra pastor-alemã que late no quintal para nos lembrar de um ou outro medo, e uns poucos passarinhos.

Todos os dias, um de nós atravessa o muro. Todos os dias, vamos lá fora encarar verdadeiros demônios e bruxas. Pode ser um traficante distribuindo crack na porta de escolas; um menino inocente no sinal com um caco de vidro na mão; um bandido protegido por arma e uniforme de policial; um cidadão comum e pai de família que se transforma em psicopata assassino quando coloca as mãos no volante do carro; sanguessugas travestidos de homens e mulheres decentes que fazem discursos inflamados sobre segurança, educação, fé na justiça e em Deus, enquanto ficam milionários à custa da miséria e fome de milhões de brasileiros; líderes de governo amparados por leis para despejar, de tempos em tempos, mísseis e bombas nos vizinhos; fanáticos religiosos que invocam Deus na hora de explodir seus irmãos em aviões, trens, metrôs e lojas.

Em dias assim, quando penso nisso tudo com um pouco mais de angústia e medo, tenho vontade de ficar na minha pequena vila. Contando histórias para os filhos na doce ilusão de que vou protegê-los do mundo.


Bryce Dallas Howard in The Village is hosted by ImageShack

sábado, agosto 19, 2006

Lostícias 3

Rodrigo Santoro is hosted by ImageShackComeçamos com mais notícias sobre a contratação do Rodrigo Santoro. Pros fãs de Lost, acredito que o mais importante é os produtores terem adiantado que o papel do cara não vai ter nenhuma relação com o que é visto no fim da temporada atual (gente falando português).

Na primeira Lostícias, eu chutei exatamente que poderia haver essa relação - aliás, acredito que qualquer um que já tenha visto a cena final pensou o mesmo logo de cara. Mas vou manter pra mim o palpite de que a contratação não foi tão por acaso assim quanto querem que pareça. Mesmo que a relação entre as duas coisas não saia de imediato (durante a terceira temporada), ainda assim ela vai se revelar mais pra frente. Lembre-se: em Lost não há coincidências!

Pra dar uma geral no mesmo assunto, uns links complementares:

Rodrigo Santoro revela os bastidores da participação em Lost (Folha)

Rodrigo Santoro conta tudo sobre sua ida para Lost (Globo)

Antes de Lost, Rodrigo Santoro procura apartamento no Havaí (Folha)

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Aproveitando o tema "contratações", diversos sites noticiaram a fantástica Natasha Henstridge como nova aquisição para a terceira temporada de Lost. Isso aconteceu ainda antes que Santoro, Sanchez e Mitchell fossem formalmente anunciados. Depois do falatório inicial, não houve mais um pio sobre o assunto, de parte alguma.

The Henstridge fiasco is hosted by ImageShackComo os tais sites noticiosos não se preocupam em desmentir boato, fomos atrás.

Depois de conferir no IMDB que a moça não consta como futura participante da série até o momento, acabei encontrando o scan ao lado. Aparentemente, algum executivo da ABC teve um papo informal com a atriz, recém-saída de um papel recorrente em Commander in Chief, e ela tirou umas idéias erradas achando que seria contratada (ou fazendo uma forcinha pra isso). O rumor teria, então, vindo dela mesma, mas Kristin Veitch, colunista do site E! Online, deixou bem claro numa de suas colunas-chat: "Okay, I just heard back from a very reliable Lost source who tells me that those in charge of casting have 'never met Henstridge'. They also 'have no idea where that rumor started'."

Em tempo: acho que nunca houve a possibilidade e nem mesmo rumor forte o suficiente, mas muitos fãs especularam (sei lá por qual razão) sobre a entrada de Eliza Dushku (Tru Calling) no elenco. É outro boato que não tem nada a ver...

Mesmo com as duas negativas, os marmanjos (eu incluído) podem ficar sossegados: além de Kiele Sanchez e Elizabeth Mitchell, a falecida Shannon (Maggie Grace) confirma que vai participar de pelo menos um flashback importante. Pelo que andei lendo, possivelmente Libby também.

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DJ Dan is hosted by ImageShackDia desses, o personagem DJ Dan fez uma transmissão ao vivo em seu site, dentro do espírito do jogo Lost Experience. Rolaram várias coisas que os fãs julgaram interessantes (inclusive dicas para encontras dois glifos novos, como visto na última Lostícias), mas, pra mim, muitas delas soam só como curiosidade, brincadeiras dos produtores e despiste em geral.

Só que uma em especial chamou mais a atenção - e não duvido de que o todo tenha sido transmitido, com os detalhes suculentos de costume, só pra conter uma única mensagem importante:

"I know where he is, I can set it up"

Isso começou quando um "ouvinte" do programa ligou pra rádio fictícia durante a transmissão, disse que tinha um recado para Rachel Blake (a Persephone) e então deu uma série de números no ar. Os fãs mais malucos (você não acreditaria...) reconheceram o nome dado pelo sujeito como o de um personagem bastante obscuro que havia sido mencionado en passant há meses e que era tido como uma espécie de "aliado fantasma" de Persephone (como um Garganta Profunda). A meu ver, foi isso que conferiu maior importância ao "recado" e tornou a dica o momento mais valioso da transmissão.

Bad Twin is hosted by ImageShackOs mesmos doidos descobriram (nem pergunte...) que os números eram referências a páginas do livro Bad Twin, que faz parte da brincadeira toda, mas foi lançado de verdade nos EUA (seu escritor já foi descoberto e não é Stephen King). Ao abrirem nas páginas indicadas e tomarem só a primeira letra no alto de cada uma, a frase acima foi formada. A tradução: "Sei onde ele está, posso arranjar tudo".

"Ele", no caso, é bem indefinido, mas Rachel Blake procura Alvar Hanso. Diria que é o mais provável de longe - se alguém manda um recado tão abrangente à hacker, mencionando um "ele" sem dar o nome, a quem mais poderia ser a referência? E "arranjar tudo" seria justamente conseguir um encontro entre os dois para Rachel descobrir a verdade por trás da Fundação Hanso. Se o eventual fundador aceitaria de bom grado ou não esse encontro, faz parte do mistério (afinal, mal se sabe quem ele é).

Fiquem tunados para mais roquenrol.

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Charlotte Malkin is hosted by ImageShackNão acredita que os fãs estrangeiros possam ser tão insanos com relação à devoção a Lost? Pois saiba que isolaram o áudio da fita do médico (que foi transmitido no episódio ?), conseguiram transcrever o conteúdo e, no meio, encontraram uma "voz fantasma" (tudo indica que o médico e sua assistente que leva uma cantada estava sozinhos durante a autópsia), dizendo coisas como "that's her", "she's alive" e "let's hear what she says".

Tá pouco? Piora: traduziram o berreiro da "moça que acorda da morte" como "Let John Locke go!". Tente ouvir isso tudo no tal trecho de áudio e nem depois de muita manguaça você percebe. Mas está lá. E alguém mais reparou que o sobrenome "Malkin" pode querer dizer "linhagem ruim" (mal e kin)?

Fanatismo + tempo livre em excesso = isso aí...

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No dia 3 de outubro, logo antes da estréia da próxima temporada nos EUA, vai ser lançado um novo CD com a trilha sonora específica da segunda temporada (veja no pé da página). O mesmo compositor do primeiro disco, Michael Giacchino, cedeu à choradeira dos fãs e vai compilar os melhores momentos de sua trilha para ilustrar algumas passagens importantes da temporada.

Pra quem gostou da primeira trilha, a promessa é de que a qualidade pode até aumentar. Os lostmaníacos mais ligados na música da série afirmam que os trechos dessa segunda temporada foram ainda melhores que os da primeira - e eles adoraram a trilha anterior...

sexta-feira, agosto 18, 2006

Salão em quadrinhos

Salão-logo1 is hosted by ImageShackComeçou no último dia 10 o Salão do Livro de Belo Horizonte, na Serraria. É meio que a mesma mistura todo ano: livrarias empurrando qualquer coisa pelo preço de loja, vendedores na seção de importados que nem sabem escrever "Brian" e... Salão-logo2 is hosted by ImageShacka minha loja de quadrinhos habitual com desconto de 10% em tudo! Chega a ser um pecado descrever desse jeito, com a quantidade de coisas que rolam por lá, mas foi o que eu vi e, acredito, é o que vai ver a maioria do público interessado "só" em comprar uns livros. Aliás, não confundir com o Festival Internacional de Quadrinhos de BH, que é outro papo em termos de atrações para os fãs de HQ - e no qual a mesma loja sempre monta estande com os mesmos 10% e eu morro mais um trocado.

É a oportunidade pra diminuir um pouco aquela lista interminável de "futuras aquisições", que já vinha com uns títulos prestes a sumir das prateleiras. Com o preço que a Devir cobra num especial, sempre dá pra comprar dois da Panini. E isso porque Pixel, Conrad e Opera Graphica (principalmente) não ficam muito atrás. Mas a Devir é mesmo irreal...

Acertado o generoso desconto, quebrei o porquinho e peguei um pacote de coisa nova bastante em conta. Como ainda não li, não dá pra tirar conclusões, mas posso adiantar as razões da compra selecionada e os prognósticos do material. Quem sabe isso já possa ajudar na sua próxima aquisição?

Falando nisso, a feira vai até domingo, dia 20.

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Astro City - Inquisição - is hosted by ImageShackAstro City - Inquisição
Chegou bem recomendada pela crítica em geral, pelo gerente da loja (que eu conheço faz tempo) e pela edição anterior de Astro City, muito bacana. Saiu uma matéria na Folha a respeito dessa edição, cuja trama eu nem conhecia. "Mistura de Batman com Capitão América", é? Bom, só lendo pra saber como fica. Essa descrição soou bem infantilizada, mas o tratamento de Busiek costuma ser bem adulto, com metáforas bacanas para situações sociais delicadas, reapropriação criativa (e, às vezes, propositadamente maldosa) de personagens alheios e uma narrativa agradável ao mesmo tempo.

Superman - 4 Estações - is hosted by ImageShackSuperman - As 4 Estações (enc.)
Essa eu li de um amigo, logo depois que a série saiu em fascículos. Lembro de ter gostado muito, mas já nem faço idéia da história. A revista chega na leva de publicações que a Panini soltou pra coincidir com o filme. Não, ainda não vi "Cuecão Returns", o filme. Faz parte da política da empresa: "não assistirás a blockbusters até que se passe um mês da estréia, pelo menos". É por isso, inclusive, que este blog se propõe à cultura pop no geral, mas quase não falou de filmes ainda... Nessa leva da Panini, você vai achar umas porcarias juramentadas (adaptações e prelúdios), alguns representantes dignos (Dia do Juízo Final, O Legado das Estrelas) e outras edições já aprovadas em mini-série (além do encadernado em questão, também Entre a Foice e o Martelo e Identidade Secreta).

V de Vingança is hosted by ImageShackV de Vingança (da Panini)
Bom, esse é mais fácil. Não apenas vem recomendado há anos por 10 entre 10 leitores, editores, críticos, filósofos, médicos e veterinários... como eu já fazia parte desse bando há tempos! Tenho a versão encadernada anterior, e cheguei a ler a série em fascículos, emprestada, ainda na década de 80. A edição caprichada da Panini, apesar do ridículo preço de 40 reais, mereceu a atualização. Pelo que me foi dito há um mês, essa revista tinha simplesmente esgotado na fonte, ou seja, a própria Panini não tinha mais exemplares pra distribuir. Nas bancas, já era raridade há algum tempo. Então, alguns distribuidores locais "resolveram" perceber isso por aqui e soltaram os encalhes justamente no dia do Salão, pela cidade toda. Já está no fim, de novo... Pegar uma dessa era questão de honra!

Powers is hosted by ImageShackPowers - Quem Matou a Garota-Retrô?
Top 10 - Contra o Crime
Vinha cercando as duas na loja tinha tempo (e Tom Strong, que estava em falta na hora; não ia ter grana mesmo...). Já não lembro do que diziam as críticas a ambas, mas eram sempre favoráveis, aqui e lá fora. A premissa de Powers não me pareceu das melhores: esse papo de "Garota-Retrô" como um nome genérico para heróis do passado; e "quem matou" como um questionamento também genérico às novas gerações de personagens violentos e sombrios que enterram os "bons valores" de antigamente. Blah... Folheando, percebi que a trama tinha tudo pra ser bem interessante, Top 10 is hosted by ImageShacke a edição saiu bem caprichada. E a revista tinha um "problema" extra em comum com a outra: os autores de respeito Brian Michael Bendis (Powers) e Alan Moore (Top 10), a mesma lenda de V de Vingança, Watchmen e Liga Extraordinária, entre outros. Boa crítica, boa impressão, bons autores, boa edição. Difícil ter histórias ruins aí...

DC: A Nova Fronteira (vol. 1)
Sou um apaixonado pela Era de Ouro da DC. Não pelas histórias ingênuas da época (tem quem goste), mas pelos personagens e pelo reflexo desses anos de desenvolvimento nas tramas de hoje - DC - A Nova Fronteira - is hosted by ImageShackcomo nas páginas da Sociedade da Justiça, que exploram constantemente detalhes de aventuras antiquíssimas. E a Warner anunciou que isso vai virar uma animação! A única preocupação é que não infantilizem a coisa e se mantenham tão fiéis quanto possível. Não gostei muito da arte, mas ela realmente evoca as revistas antigas e, pelo que eu li a respeito do conteúdo, tudo casa muito bem.

Os Mortos-Vivos - Dias Passados
Aldebaran - A Catástrofe
As duas já eram bem simpáticas na prateleira, e Os Mortos-Vivos é tida como ainda melhor que Invencível (que eu nem achei tanta coisa quanto vêm dizendo, mas é bem legal assim mesmo)Os Mortos-Vivos is hosted by ImageShack, do mesmo Robert Kirkman. Parece que é uma história de zumbis com humor, não estou bem certo. Já Aldebaran veio em indicação do Reginaldo Yeoman, e eu gostei muito da descrição. Além do fato de ser quadrinho europeu, que sempre tem uma pegada textual bem diferente dos adrenalínicos americanos (e é muito bom variar nesse sentido), o desenho lembra Moebius e outras influências de traço fino. Aldebaran is hosted by ImageShackE, mesmo que não seja mais um "motivo pra comprar", é curioso notar que o autor Leo é carioca, mas desconhecido no Brasil e um sucesso como autor na França. Precisou de uma editora brasileira (a cara local de uma multinacional, whatever) importasse o material original em francês do cara pra que ele fosse divulgado em sua terra. Veja mais sobre a obra dele aqui.


Authority is hosted by ImageShack Invencível is hosted by ImageShack Bizarro Comics is hosted by ImageShack

DC Especial 10 is hosted by ImageShackOutras aquisições recentes em termos de encadernados e especiais foram Authority - Sob Nova Direção, o Madman e o Invencível da Pixel e o DC Especial 10, da Panini, revisitando a Liga engraçadinha de JM DeMatteis e Keith Giffen. Já li algumas dessas, aliás (já se passaram uns meses de cada compra a conta-gotas).

O especial da Liga não fede nem cheira e dá pra rir um bocado, mas não como na era da Liga original. A gente percebe os caras tentando ser engraçados quando antes eles só construíam as insanidades sem deixar isso transparecer. "Fluía" melhor, sabe como?

Madman is hosted by ImageShackE o Madman é louco, mas um louco bem despretensioso (nada "cabeça") e inofensivo. As histórias não precisam ser muito conseqüentes - coisas acontecem e somem meio "naturalmente" - e derivam de uma pra outra de um jeito bastante livre. A narrativa lembra uma mistura da Era de Prata da DC (ingenuidade, excessos e ficção científica) com uma dose de Estranhos no Paraíso (drama com humor), talvez. E uma personalidade bem própria, nesse meio, carregada de nonsense. Falando em loucura, finalmente temos também o Bizarro Comics. Sem frete, com desconto da loja e cupom, a gente consegue.

Mas isso em meses e meses de namoro na prateleira. Na lista, sobraram o mencionado Tom Strong, Chosen, alguns troços que eu nem lembro mais e, claro, o volume 2 de A Nova Fronteira, que ainda vai sair e vai ter de esperar na banca uns tempos, depois dessa traulitada.

Chosen is hosted by ImageShack Tom Strong is hosted by ImageShack

quarta-feira, agosto 16, 2006

Sin City na Folha

Sin City: Balas, garotas e bebidas is hosted by ImageShackBom, na falta de grana pra encarar as edições renovadas de Sin City que estão saindo pela Devir, vou colar aqui um texto legal da Folha. Na verdade, apesar de usarem a palavra "lançamento", Sin City: Balas, garotas e bebidas já saiu há mais de um mês - lembro de ver na livraria há tempos.

Falando em livraria, amanhã devo falar sobre o Salão do Livro de BH (por mim, seria "livro", entre aspas), no qual pude comprar alguns quadrinhos normalmente bem caros com um bom desconto. Segue o texto da Folha, com todos os devidos créditos possíveis e imagináveis, claro.

***

Contos trazem de volta universo violento e sensual de Sin City

Fausto Salvadori Filho
Folha Online
(veja texto original)

Frank Miller está de volta a Basin City, a Cidade do Pecado, em que prostitutas de rua com feições de top models usam submetralhadoras como adereços, brutamontes de coração mole cometem chacinas para salvar garotinhas e assassinas voluptuosas fazem amor com suas vítimas antes de liqüidá-las com um golpe do salto alto. Sin City, onde piedosos cardeais mantêm fazendas de canibalismo e engravatados de ar respeitável carregam o cadáver da esposa no porta-malas do carro.

Sin City image is hosted by ImageShackO álbum em quadrinhos Sin City - Balas, garotas e bebidas, lançado pela Devir, reúne em 160 páginas onze histórias curtas lançadas em edições esparsas entre 1994 e 1997. Todas se passam no universo noir, sensual e violento da série Sin City, tema de outros seis volumes também lançados pela editora - uma saga com cerca de 1.500 páginas, toda escrita e desenhada por Miller.

Um dos contos reunidos é "O cliente tem sempre razão", história de três páginas que deu origem à versão cinematográfica de Sin City, dirigida no ano passado por Robert Rodriguez (de El Mariachi e Pequenos Espiões) e pelo próprio Miller.

Rodriguez, porém, teve trabalho para convencer Miller a ceder os direitos da adaptação. Gato escaldado no cinema - ele já havia escrito os roteiros de Rocobop 2 e 3 e detestado o resultado final -, Miller não queria ver sua obra mais pessoal arruinada por Hollywood.

Rodriguez só conseguiu convencer o autor de Sin City depois de fazer, por sua própria conta, uma adaptação de três minutos do conto "O cliente tem sempre razão". Miller ficou tão impressionado com o resultado que não só autorizou a adaptação como dirigiu a produção junto com Rodriguez. Utilizando os quadrinhos de Miller como storyboards, Sin City, o filme, fez um uso intenso dos recursos digitais, filmando a maior parte do tempo os atores contra fundos azuis, que na edição eram preenchidos com cenários de computação gráfica.

Os recursos mais avançados da técnica cinematográfica foram usados para levar às telas o que Frank Miller havia conseguido apenas com papel e tinta: belas histórias desencantadas contadas por uma impressionante arte em preto-e-branco, de iluminação expressionista e uso intenso de contrastes claro-escuros.

Sin City image is hosted by ImageShackEm alguns contos de Balas, bebidas e garotas, Miller foge ao monocromatismo e usa a cor para realçar detalhes de determinados personagens, todos femininos: o azul no vestido e nos olhos de uma assassina, o vermelho no batom e no vestido de uma dama fatal ou o cor-de-rosa nas roupas de uma garotinha inocente (lembrando que em Sin City não existem garotinhas inocentes).

Miller também aproveita o formato de histórias curtas para fazer outras experimentações. "Ratos" destoa das demais histórias de Sin City, ao contar a história de um velho carrasco nazista que se diverte sufocando ratos com o gás do fogão em um velho apartamento, até ser morto da mesma maneira por um desafeto. "Noite de Paz" é um conto de 26 páginas narrado quase exclusivamente com quadros de página inteira e praticamente sem palavras, protagonizada por Marv - o grandalhão brutal, meio burro e gente-boa, interpretado por Mickey Rourke no filme.

Marv continua a aparecer em várias histórias de Sin City, embora tenha morrido na cadeira elétrica logo ao final do primeiro arco de histórias da série (Sin City: a Cidade do Pecado, 1991). O mesmo vale para outros personagens e outras situações. Não há linearidade nos volumes de Sin City: como em Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994) as histórias vão e vêm no tempo, protagonistas de um volume surgem como coadjuvantes de outros e vice-versa, num jogo de referências que faz o deleite dos leitores mais atentos.

A maioria das histórias reunidas no volume já havia sido publicada no Brasil de maneira esparsa, por editoras semi-amadoras que faziam um trabalho de qualidade duvidosa. Como nos outros álbuns da série lançados pela Devir, Balas, garotas e bebidas valoriza a arte de Frank Miller com um trabalho de edição caprichado, que inclui pin-ups e uma galeria das capas originais.

Um luxo

O box 2 de 'Sin City Library Set', com 'The Art of Sin City' em vermelho. Hosted by ImageShackLançada no ano passado nos EUA pela Dark Horse Comics, uma edição extremamente luxuosa de Sin City já pode ser adquirida no Brasil. A nova edição vem em duas caixas contendo oito volumes gigantes (22,5 x 30 cm), de capa dura e papel de alta qualidade. Além dos sete álbuns com todas as histórias da série, o pacote inclui "The Art of Sin City", que traz esboços e ilustrações criados por Miller para a série.

É o sonho de todo fã, mas para a imensa maioria nunca poderá ser mais do que em sonho. Nas livrarias que trabalham com material importado, cada uma das caixas, com quatro volumes, está saindo por R$ 466.

Um tijolinho em House

Quem diria, um "momento Lost" em House. No mais recente capítulo exibido no Brasil (Sleeping Dogs Lie, semana passada), o "poeta morto" Dr. Wilson entra no escritório do Dr. House e o encontra dormindo no chão. Numa passagem de literalmente um segundo, mostram o "travesseiro" do dorminhoco virado ostensivamente para a câmera, em primeiríssimo plano. A cena era bem mais escura, quase imperceptível:

House usa o Gray's Anatomy para dormir is hosted by ImageShack

Sim, Gregory House usa o vetusto Gray's Anatomy pra tirar seu cochilo. O livro, um guia de anatomia bastante conhecido e utilizado, é escrito com A, mas a popular série Grey's Anatomy é com E, numa brincadeira um tanto óbvia (e o título lá em cima, hein? Sacou? Hein? Hein? Pff...).

A leitura disso pode ir de mera referência engraçadinha (morreu na imagem) a alguma sacanagem implícita (americanos dizem "sleep on it" para a expressão "pense a respeito"), mas sei lá o que queriam. Gostei mesmo foi de tirar esse frame do episódio e ver que eu não tinha "enxergado demais" na TV. Depois das referências de Scrubs às duas séries, na última temporada, fica faltando só Grey's entrar na brincadeira de algum jeito. ER não conta: já passou da idade, é velha demais pra essas coisas...

Invasion: o que seria a parte 2

Invasion is hosted by ImageShackUm pequeno furo do grande Michael Ausiello, colunista do TV Guide, sobre o que teria acontecido na trama de Invasion caso a série não tivesse sido cancelada após só uma temporada. A informação foi passada a ele por Tyler Labine (o cunhado gordinho que acreditava em conspirações) a partir de uma conversa com Shaun Cassidy, criador de Invasion:

"Shaun contou que Larkin seria dada como morta. Eu [Labine] me tornaria um militante ferrenho, rasparia a cabeça e juntaria forças com Russel contra Tom. Enquanto isso, Tom descobriria que sua primeira mulher estava viva todo esse tempo [nota: a mãe de Kira tinha morrido no acidente de avião de Tom, anos antes], e na verdade era ela que estava por trás de toda a operação militar pró-alienígena - e era inclusive a mandante por trás de Szura."
Lá na primeira Serial Frila, há um bom tempo, eu falava justamente sobre essa série - num tom meio azedo, sim, mas eu vi até o fim e gostava. Ela tinha muito pra ir pra frente com uma boa história - as informações sobre a eventual segunda temporada reforçam minha impressão - e acabou não decolando, segundo consta, exatamente pelo que eu perguntava no título: "quantas temporadas até a invasão?"

Tanto crítica quanto público cansaram de esperar algo acontecer nos primeiros capítulos, que eram parados demais e não atiçaram os ânimos para o resto. Como era uma das séries mais caras da temporada, o retorno ficou bem aquém do previsto. Daí, cancelada. Pena... Ela começava (tarde) a desabrochar de um jeito bem interessante.

domingo, agosto 13, 2006

Famoso Quem??
::Loretta Devine

Logo dos desconhecidos is hosted by ImageShack

Loretta Devine is hosted by ImageShackTaí uma figurinha lado B bem curiosa... Loretta Devine (perfil IMDB) não é das coadjuvantes mais presentes, mas ainda assim você deve se lembrar dela em mais de uma ocasião. Começou arrumando pontas em Murphy Brown, Picket Fences, Touched By An Angel e Ned & Stacey, entre outras menores, até que conseguiu papéis no cinema em filmes populares e então subiu alguns degraus nas séries de TV, onde teve sua real ascensão.

Nos dois filmes Urban Legend, por exemplo, Devine apareceu bastante pros adolescentes. Em I Am Sam (como a assistente social que cria o conflito central) e Kingdom Come (verdadeiro "quem é quem" de artistas negros), pavimentou caminho para fazer bonito no decepcionante Crash, ganhador do Oscar. Com ainda uma participação hilária no filme What Women Want e pontas mais significativas nas séries Family Law e Ally McBeal, a atriz conquistou um papel secundário importante em Boston Public, como a esforçada Marla Hendricks (aquela que convidou o R.E.M. pra tocar num evento do colégio). Devine ficou bem mais conhecida a partir daí, não como atriz principal, mas como "aquela que você já viu em algum outro lugar". E não é disso que fala esta seção?

Atualmente, já bem familiar do público, a atriz (e dublê de cantora) aparece em Grey's Anatomy como a recorrente esposa do Dr. Webber, o popular "Chief". Shonda Rhimes, criadora da série, foi co-escritora do filme Introducing Dorothy Dandridge, no qual Devine vivia a mãe da personagem principal. Em outros papéis menores, foi vista recentemente também como uma das tias em Everybody Hates Chris e a médium Missouri Moseley, de Supernatural. Não são assim tantas participações quanto as de outros "coadjuvantes profissionais" da telinha que veremos aqui, mas Loretta Devine tem uma capacidade enorme de marcar sua presença com boa atuação e papéis decisivos nas histórias em que toma parte.

sábado, agosto 12, 2006

WarTuning

Já ouviu falar em wartuning? Eu nunca tinha, até ler este post em um blog que trata só de iPod. O texto é recente, mas a prática, segundo conta o camarada, não é assim tão nova.

iTunes icon is hosted by ImageShackTrata-se de um derivado do warchalking e do wardriving, e todos têm em comum o ato de "furtar", de alguma forma, um bem imaterial. Wartuning significa freqüentar, com um laptop, um local com conexão wi-fi aberta, cheio de usuários particulares, e surrupiar músicas compradas legalmente dos iTunes que estão nos computadores desses usuários - sem com isso criar danos diretos ao comprador original. Como não tem loja iTunes no Brasil, a prática deve ser bem pouco comum por aqui. Mesmo os (poucos) usuários do programa iTunes teriam de ter acesso a wi-fi desprotegido e encontrarem outros no mesmo alcance. Ah, e é necessário um pequeno conhecimento de programação, o que dificulta ainda mais.

Enquanto muita gente na internet se refere ao ato como "ouvir música do computador alheio", claro que a maioria não fica só no "ouvir" e baixa mesmo uma cópia para si. Há quem defenda que ouvir a música alheia não é furto, enquanto manter uma cópia seria realmente ilegal. Não vejo muita diferença, e faço minhas as palavras do post original: nunca tentei, não faço apologia e também não condeno nem um pouco - mesmo que "roubassem" de mim. É bem verdade que, com o tempo, o pessoal vai aprender mais sobre segurança em wi-fi, mas será que, enquanto isso, a RIAA e a Apple arrumam razão pra encrencar com mais essa?

Raconteurs: "super-grupo" passou longe

Por que resolveram começar a chamar os Raconteurs de super-grupo? De onde veio a noção absolutamente falsa de que se trata de uma reunião de feras consagradas, como nos casos do Cream, do Led Zeppelin ou dos Traveling Wilburys??

The Raconteurs are hosted by ImageShack

O cara que mais se destaca ali é mesmo Jack White. Guitarrista bacana, compositor razoável, vocalista lamentável, o cara obteve muito mais sucesso do que os White Stripes algum dia mereceram de fato. Afinal, com essas características e mais o zero à esquerda Meg White fingindo que toca bateria, conseguir que Hotel Yorba, Fell In Love With a Girl e outras poucas (bem poucas mesmo) saíssem legais foi mais questão de sorte e oportunidade do que de uma bandaça competentíssima trabalhando.

Compôr Seven Nation Army foi um pouco além. Enquanto Meg comemorava sua própria cara-de-pau, Jack fez um esforço maior em reunir o que de bom ele poderia criar. Saiu algo muito legal, sim. E aí torcidas de futebol resolvem pegar o riff bacana e transformá-lo em grito de guerra. Vai dizer que essa "eleição" não foi sorte...

Então, o cara deixa essa primeira banda de lado, junta com um amigo de longa data e expressividade musical anterior mínima, agrega dois sujeitos de uma banda desconhecida simplesmente para poderem ter uma banda completa. E a imprensa começa a chamar o resultado de supergrupo!

A mesma imprensa, claro, pede respeito e credibilidade... Mas até o Velvet Revolver ou o Audioslave estão mais perto de supergrupos do que isso - considerando o destaque dos integrantes em suas bandas originais - e nem mesmo são! Os próprios Raconteurs, em entrevista à MTV, também já deixaram claro que não se trata da mesma coisa. A banda nasceu de uma mera reunião de amigos, nada foi planejado e não há qualquer característica que os qualifique assim. Só um dos membros era famoso antes da formação (e ele nem é fera de coisa nenhuma).

Broken Boy Soldiers is hosted by ImageShackQuanto à música, ainda estou pra prestar mais atenção ao disco inteiro, Broken Boy Soldiers. Do que já pude ouvir, nada se sobressai mais que as pioneiras Steady As She Goes e Store Bought Bones. Quer saber? São pegajosas no bom sentido, sim, e bem legais por isso mesmo. Mas não há ali nada que vá ficar eternizado ou mesmo fazer um "álbum do ano". Quando muito, a primeira entraria num CD de "melhores de 2006". Pra ser uma grande banda, ainda falta um belo feijão. E pra ser supergrupo, teria de acabar a banda depois desse feijão, levando Jack White a juntar outros desabrigados de calibre.

Crosby, Stills, Nash & Young mandam lembranças!

quarta-feira, agosto 09, 2006

Lostícias 2

Elizabeth Mitchell is hosted by ImageShackA terceira temporada, que já traria o novo personagem de Rodrigo Santoro, acaba de ganhar duas mulheres pra compensar mais um barbudo. Elizabeth Mitchell teve um papel grande em ER (a doutora lésbica Kim Legaspi) e andou freqüentando House, CSI e Everwood. Agora, ela será uma integrante d'Os Outros. Sua personagem já tem até nome - Juliet - e terá grande impacto na vida de Jack. Os produtores haviam prometido um novo "interesse romântico" (odeio essa expressão com força!) para o Dr. Shephard e, juntando as duas dicas, quem sabe...

Kiele Sanchez is hosted by ImageShackParticularmente, acredito que o Santoro vai se dar melhor. Questão de gosto pessoal, claro... É que, de longe, prefiro Kiele Sanchez, a outra recém-contratada. A atriz chega devidamente "encomendada" para viver Nikki, par do personagem do brasileiro. Essa moça era uma das poucas razões de eu continuar assistindo à lacrimosa Related até o fim (junto com a morena mais novinha, Laura Breckenridge). Do pouco que eu já vi do trabalho dela (tinha uma outra série, Married-alguma-coisa), não é grande coisa como atriz. Mas a ilha bem que anda precisando de uma nova habitante gata assim. E é praticando que se alcança, certo?

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Não se sabe muito a respeito do contrato de exibição entre o AXN e a ABC, mas parece que a única cláusula proibitiva entre os dois é a que diz: "um mês entre a exibição original e a exibição no Brasil". Partindo das notícias atuais sobre como a próxima temporada será exibida nos EUA - uma carreira de 6 episódios a partir de 4 de outubro, intervalo de alguns meses sem capítulos inéditos e então volta em janeiro com o resto da temporada sem repetições -, tudo o que o AXN tem a fazer é manter uma margem apertada, porém segura. Afinal, a agenda de exibição lá já é bem conhecida, e já se sabe bem que, em 2007, não haverá reprises durante a terceira temporada da série.

Lost in AXN is hosted by ImageShackSendo assim, se o AXN souber jogar direito com esse intervalo, pode ser até que saiamos no lucro no Brasil, no fim das contas. Nas temporadas anteriores, as reprises da ABC vinham no meio das exibições inéditas, o que levou os brasileiros ao famoso atraso de 6 meses entre temporadas, para que assistíssemos sem reprises. Note-se, por exemplo, que o capítulo final ainda falta algumas semanas para passar no Brasil e já foi exibido há meses lá fora. Agora, não teríamos necessariamente de esperar tanto tempo e nem esses "meses de férias" deles, de novembro a janeiro.

E por quê? Se não houver nenhuma outra cláusula que proíba, o AXN pode muito bem exibir os tais 6 episódios iniciais já no final de dezembro ou começo de janeiro, levando o nosso intervalo obrigatório aqui para em torno de uns 4 meses. Quando tivesse de exibir o capítulo 7, já teria se passado pelo menos um mês (o "atraso contratual") da exibição americana, iniciada também em janeiro. Sacou? Ao invés de 12-15 capítulos de diferença, teríamos uns 6 ou 7.

Pode haver alguma pequena discrepância no meu raciocínio e nem vou pegar o calendário de 2007 para conferir. Também não estou bem certo de quando começará a "segunda leva" nos EUA, em janeiro de 2007. Mas vejo no máximo umas duas semanas como margem de erro (6-8 capítulos).

Por outro lado, final de dezembro e meio de janeiro não são hora de estrear programação. O AXN pode muito bem querer empurrar a estréia para o comecinho de fevereiro, por causa desses fatores adicionais, e aí já seriam mais de 5 meses de espera de novo. É tão compreensível quanto o atraso anterior - só demos azar quanto a essa "janela" de tempo, entre fim de dezembro e começo de janeiro. Paciência.

Infelizmente, aposto no começo de temporada bem no início de fevereiro. Antes disso seria sorte nossa, e depois disso seria pura má vontade do canal, se não houver mais nenhuma agravante.

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The only known photo of Alvar Hanso is hosted by ImageShackAlvar Hanso é o homem originalmente por trás da "benevolente" Fundação Hanso, tido como brilhante, visionário e tão misterioso que pode até nem existir. Fui procurar referências ao nome do camarada, porque certamente, os criadores de Lost não tiraram esse nome do vazio. "Remember: everything that occurs, no matter how minute or seemingly unimportant, must be recorded" - Dr. Mark Wickmund/Marvin Candle.

Então, "alvar" tem uma relação direta com a cultura hindu. Os alvars são, para alguns hindus, mais ou menos o que os católicos chamariam de santos: pessoas que existiram de fato, ficaram muito próximas da divindade durante suas vidas e que, após desencarnarem, foram alçadas à condição de figuras sagradas, exemplos máximos de fé. Numa série repleta de "dharma", "namaste", 108, baguás, discussões de fé, sonho e realidade, nem diga que é coincidência... Cuse, Lindelof e companhia foram procurar exatamente esse sentido para criar o nome.

Os alvars eram seguidores do "aspecto Vishnu" do Deus hindu. Dentro do que prega essa religião, Vishnu é justamente o "aspecto de Deus" encarregado de encarnar periodicamente o conceito de dharma na Terra, para esclarecer os homens sobre o caminho da verdade e zelar pela boa evolução humana dentro das leis naturais. Ah, sim: se aparecer alguém com a pele azulada em Lost, saiba que essa pessoa (?) tem algo de muito importante na história.

Agora, "hanso". Já apresentaram diversas interpretações para o nome, e nunca faltam as mais improváveis, dentro do conceito de absurdo da série. Até uma "homenagem a Han Solo" já foi mencionada... Indo pelo lado mais simples, percebemos que, segundo os dados "oficiais", a nacionalidade do homem é dinamarquesa. Em dinamarquês, o nome seria escrito "Hansø". Isso é uma expressão: temos as palavras "hans" (dele) e "ø" (ilha) - ou seja, a tradução seria "ilha dele". De novo, não é possível "mera coincidência" no fato de termos "ilha" nesse contexto e que a série se passe justamente numa ilha misteriosa infestada de Fundação Hanso pra todo lado... Considerando que a letra/palavra ø não existe em inglês e seria certamente lida como um O, não precisa ir muito longe. Aparentemente, tiraram mesmo o sobrenome Hanso da expressão hansø.

O nome completo? Também tentando ir pelo caminho mais simples possível, seria algo como "a ilha do homem sagrado". E quem é que nasce com esse nome?? Mais uma evidência, ainda que fraca, de que Alvar Hanso possa ser uma invenção - e os inventores teriam algum problema de megalomania (eles mesmos seriam os "santos") ou seriam fanáticos de alguma crença maluca (adoram o "homem santo" que inventaram).

Esticando um pouco o conceito, não podemos nos esquecer de que a Iniciativa Dharma é só um projeto dentro da larga atuação da Fundação Hanso. Se temos uma "ilha do homem sagrado", ela pode se referir à fundação como um todo, e não apenas à Iniciativa Dharma. Não é de hoje que eu acredito (aqui, no fim), como outras pessoas, que a ilha é um béquer ou uma placa de Petri gigante da fundação - um playground onde se jogam refugos e insucessos anteriores, mas também onde se fazem experiências diversas.

Enquanto isso, o juiz telepata de Harvey Birdman faz musiquinha de fundo: "UUUUUiiiiUUUUUiiii"...

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Vamos a um resumo do estado atual de Lost Experience, o jogo online. O apanhado é de Doc Jensen, colunista do site Entertainment Weekly e outro fervoroso "acompanhante" do jogo, junto a informações que eu coletei de outras fontes. Seguinte:

- Rachel Blake (a Persephone) esteve há pouco tempo no Sri Lanka e conseguiu gravar em filme uma reunião secreta da Hanso, durante a qual foi exibido um filme sobre a origem da Iniciativa Dharma. Ela filmou tudo, a reunião e o vídeo exibido.

Hanso Exposed screen is hosted by ImageShack

- Alegando o perigo de ser "tirada do ar", perseguida e silenciada de algum jeito, Blake dividiu sua filmagem em 75 pedaços, espalhou esses pedaços em dezenas de servidores e criou códigos de acesso a cada parte. Depois, pôs no ar um site chamado hansoexposed.com, que consegue localizar cada pedaço a partir dos códigos que você inserir. "If I didn’t hide it all over the Web and bury it on corporate sites, those [feladaputas] would wipe it out. Only chance I have at getting the truth out there is 'gamesmanship'." - declaração "oficial" de Rachel Blake em entrevista por chat.

- Blake é tão paranóica que ainda não se sabe ao certo se é ela mesma em suas alegadas fotos. Mesmo assim, a moça apareceu na platéia em plena Comic Con e deu pessoalmente o recado da criação do site durante seu protesto. Foi talvez a jogada promocional mais bacana do jogo até agora, com a nerdaiada indo à loucura na platéia e a moça saindo carregada pela segurança. Vale muito a pena ver como foi.

Glyph 31 is hosted by ImageShack- Os códigos de acesso vêm em glifos (desenhos, como em "hieroglifos"), num formato parecendo cartas de um baralho. Já foram encontrados e reportados 31 glifos, cada um com um código que pode ser inserido no tal site. O que você vê ao lado é justamente o glifo 31. Estão sendo numerados conforme forem encontrados, ou seja, são pedaços aleatórios e os fãs vão numerando por conta própria. A ordem correta vai sendo dada aos poucos pelo próprio hansoexposed.com, depois que você se registra e tem à disposição uma linha do tempo que vai sendo preenchida.

- Onde encontrar esses glifos? Em todos os sites envolvidos no jogo, em propagandas de revistas, em sites de patrocinadores de Lost, em braceletes usados pelo elenco durante a San Diego Comic Con, em propagandas de TV e até numa vitrine de loja! Veja alguns dos outros glifos já encontrados. Talvez você mesmo(a) ainda possa encontrar um no MySpace, Orkut ou até no ImageShack (link aí ao lado). Quando os "jogadores" encontram glifos novos, entram em fóruns e mostram pra todo mundo o que foi encontrado, e a notícia vai se espalhando.

- O que já se sabe da gravação até agora: a reunião foi provavelmente presidida pelo sinistro Thomas Mittelwerk, executivo já conhecido das outras etapas do jogo. Ele diz aos presentes que vai mostrar o vídeo da origem da Iniciativa Dharma. Começa o tal vídeo, a data de copyright é 1975, a narração é feita por um sujeito desconhecido, de barba escura e leve sotaque dinamarquês. Até agora, o "Mr. Beardy", como vem sendo chamado, disse pouca coisa: logo antes da Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962, os EUA e a antiga URSS colaboraram com as Nações Unidas em um projeto secreto; o termo DHARMA vem de Department of Heuristics and Research on Material Applications, ou Departamento para Heurística e Pesquisa em Utilização de Materiais (heurística tem a ver com auto-aperfeiçoamento automático para o cumprimento de um objetivo); apesar de ser um acrônimo, hoje é escrito como Dharma mesmo; há menções aos co-fundadores da Dharma (Gerald e Karen DeGroot), a uma instalação secreta e a uma equação - que se supõe ser a misteriosa "Equação Valenzetti", criada pelo fictício Enzo Valenzetti para prever o fim do mundo e depois abafada por seus patrocinadores.

- Por fim, muitos jogadores vêm apostando numa comparação extensa com O Código DaVinci, que eu nem vou me dar ao trabalho de seguir, explicar ou traduzir... Basta dizer que eles apresentam um bocado de relações e coincidências que, se verdadeiras, poderiam até ser bem importantes.Lost - The Board Game is hosted by ImageShack Como a gente não faz idéia de nada mesmo, por enquanto é só viagem.

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E Lost vai ser lançado como jogo de tabuleiro... Veja mais figuras e detalhes no About.